Quem imaginaria que aquelas micropartículas que trazem brilho e mais beleza no carnaval seria uma grande ameaça ao meio ambiente. Sim, o glitter e a purpurina podem causar grande dor de cabeça. Um estudo divulgado pela revista Nature, em 2015, revelou que cerca de 8 milhões de toneladas métricas de plásticos chegam todos os anos aos oceanos.
O pesquisador do Centro de Biologia Marinha (Cebimar-USP), Cláudio Gonçalves Tiago, afirmou em entrevista ao jornal O Globo, que os microplásticos podem atrapalhar a obtenção de alimentos para os organismos. “É uma poluição desnecessária, assim como o rojão é desnecessário, por causa da poluição sonora. Na verdade, acho que nós não fazemos muito bem ao meio ambiente”, disse.
Engana-se quem pensa que são só os peixes que são prejudicados ao engolir esses minúsculos pedaços de plástico. Muitos outras vidas marinhas são diretamente afetadas com a absorção dessas partículas produzidas pelo homem.
Os cientistas da Universidade de Wageningen, na Holanda, comprovaram que as nanopartículas de plástico têm um efeito adverso sobre os mexilhões. Um estudo feito nos EUA chegou a dizer que esses materiais são nocivos para os ciclos reprodutivos desses pequenos moluscos.
Em um outro levantamento, descobriram que uma pessoa comum que consome porções de frutos do mar regularmente vai acabar com cerca de 11.000 peças de microplásticos em seu estômago a cada ano. Mas para os amantes do glamour que o glitter traz já existe a opção biodegradável, ou seja, não polui a água.
Com informações de O Globo