Rio 2016 x Sustentabilidade: O Brasil se preocupa?

Em contagem regressiva para as Olimpíadas o Brasil ainda trabalha para resolver problemas com saneamento básico no Rio

Estamos em contagem regressiva para o início dos primeiros Jogos Olímpicos realizados na América do Sul. O Rio de Janeiro é o protagonista da vez, cidade cede das Olimpíadas de 2016. A expectativa de alguns é grande e durante os anos de preparação muitas obras foram feitas em busca de oferecer o melhor aos atletas e aos turistas durante o evento.  Milhões e milhões foram gastos em busca de melhorias para as cidades onde ocorrerão os jogos. E segundo portais como a revista Galileu, Terra, Época e Estadão, esta promete ser a olimpíada com mais cunho sustentável dos últimos tempos.

O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) lidera um programa de sustentabilidade chamado “Abraça Rio 2016”, lançado em março de 2013. O Plano de Sustentabilidade para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 serviu como base para a implementação de melhorias voltadas para o que a organização considera os três principais eixos “Planetas”, “Pessoas” e “Prosperidade”. Na época de lançamento do Plano o presidente do COB afirmou para o Grupo de Cidadania Empresarial: “Nosso objetivo é integrar a sustentabilidade a todo processo de organização, reduzindo o impacto dos Jogos e deixando um exemplo de boas práticas para toda a sociedade”.

Segundo o Diretor de Comunicação e Relações Institucionais da GE América Latina, Serge Giacomo comenta para a revista Galileu:

“O conceito dos Jogos Olímpicos está mais ligado às práticas sustentáveis do que pensamos. Além das competições em si, o Movimento Olímpico está permanentemente trabalhando com diversos países, pregando valores como a busca da prosperidade para todos, a importância do investimento em práticas sociais e em inovação, o trabalho em equipe e a harmonia entre as nações. São conceitos cruciais para que seja possível desenvolver um modelo global e viável de crescimento econômico aliado ao ambiental e social, ao qual chamamos de Sustentabilidade”. A GE tem sido uma das empresas parceiras do governo brasileiro para a estruturação das Olimpíadas Rio 2016.

A estrutura conta com inovações em diversas áreas como a arquitetura que conta com um conceito nômade, ou seja, após o encerramento dos jogos olímpicos algumas construções serão desmontadas e transferidas para outro lugar. Isso, com o objetivo de evitar que grandes estruturas ocupem espaço e não sejam utilizados em todo o seu potencial pela população. A estrutura ainda conta com uma iluminação inteligente, onde o modelo de energia idealizado é à prova de apagões, além disso, o governo optou por utilizar a tecnologia LED, que economiza cerca de 50% no consumo de energia, diminuindo os custos de manutenção, possuindo vida útil maior do que as lâmpadas convencionais e podendo ser transportada de um local para outro com o intuito de reutilização em outras construções.

Em contraponto com os milhares de reais gastos em investimentos para as estruturas dos jogos na cidade do Rio de Janeiro, desde a candidatura da cidade para sediar os jogos olímpicos se encontram problemas como a poluição da Baía de Guanabara e a falta de saneamento básico no Rio e em municípios vizinhos. O histórico de poluição da baía é antigo, lá desaguam resíduos domésticos e toneladas de lixo sem qualquer tipo de tratamento da água. Indústrias e refinarias de petróleo também poluem o local, causando um impacto sem precedentes. Estima-se que na década de 1980 a população de golfinhos habitantes do local era cerca de 400, reduzindo para o atual de 40.

Porém, a realização dos jogos olímpicos chamou a atenção para este assunto, obrigando o governo a implementar soluções de saneamento básico para a resolução do problema e para despoluir as águas. O governo estadual assumiu o compromisso com o Comitê Olímpico Internacional (COI) de coleta e tratamento de 80% do esgoto da região. Algumas estações de tratamento de águas foram construídas e outras foram ampliadas, contabilizando oito estações de tratamento de água. No entanto, nem todas estão em funcionamento, só atingindo cerca de 51% do volume de esgoto produzido pela população. O problema pode ter sido colocado para debaixo do tapete, mas continua ali. O restante do lixo é despejado em rios ou na própria Baía. Ainda assim, algumas provas das Olimpíadas Rio 2016 acontecerão no local.

FONTES:

Revista Galileu

Cidadania.FCL

Rio 2016

Contaria.Net

Esportes.Terra

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